"A Doçura da Chuva", de Deborah Smith

"Kara Whittenbrook tinha uma vida privilegiada. Filha de dois ambientalistas famosos, cresceu entre a selva amazónica e os melhores colégios da elite americana.Com a morte dos pais num acidente de aviação, torna-se herdeira, não só de uma enorme fortuna, mas também de um segredo que abalará por completo o seu mundo - o facto de ter sido adoptada.
Decidida a encontrar os seus pais biológicos, Kara parte para o Nordeste da Califórnia, onde conhecerá Ben Thocco, um rancheiro que vive rodeado de gente singular.
Em pouco tempo, ela fará parte de um universo diferente, que lhe abrirá as portas de um amor inesperado e de amizades genuínas, e a ajudará a tomar as mais difíceis decisões.
Em A Doçura da Chuva, Deborah Smith dá-nos a conhecer uma galeria de personagens cativantes, que nos envolvem e nos levam a reconhecer nos pequenos gestos do quotidiano as fontes da alegria e da felicidade. "

A Minha Opinião:
Um livro enternecedor que nos toca no fundo do coração.
A história é maravilhosa, mas as personagens superam completamente as expectativas, no decorrer da leitura ficamos completamente embevecidos com a ternura de Mac e Lily...
Há momentos em que se consegue visualizar o rancho, com todos os personagens reunidos à volta da égua Estrela e Mr. Darçy empoleirado na cadeira de rodas de Joey.
Poderia perder-me em desvaneios sobre este livro, mas não o farei, apenas digo que todos sem excepção deveriam entrar nesta maravilhosa história e ver que o facto de uma pessoa ser diferente faz dela um ser ainda mais especial, basta não se deixarem levar pela mesquinhez das pessoas que se acham "normais".
Em todo o livro há passagens que nos fazem arrepiar, chorar e sorrir ao mesmo tempo, e começam logo nas primeiras páginas.

(Pag. 20)
"... - Há sítios para onde pode mandar este bebé, Mr. Thocco - disse o médico atrás de nós. - O Esrado tem algumas instituições onde cuidarão dele. Não terá de pagar nada para o ter lá. Quer falar das casas onde ele...
- Ele chama-se Joseph - disse o meu pai. - Era o nome do meu avô.
- Um sítio pra o Joseph...
- Joey - disse eu.
- Joey - concordou o meu pai. Joey precisaria de toda a juda que lhe pudéssemos dar. Seriam precisos dois homens e uma mãe para apoiá-lo ao longo do caminho. Endireitei as costas. Nóes éramos capazes.éramos cowboys.
O médico continuou a tentar.
- Um sítio...
- Sim - disse o meu pai: Virou-se para o médico com um olhar gélido. - Chamamos "casa" a esse sítio."

Depois há também as citações de outros autores, a que Kara recorria com muita frequencia, e com as quais a autora nos dava um palpite de como seria a parte seguinte ;) Adorei esta!

(Pag. 365)
"Haverá pequenos obstáculos e desilusões por todo o lado, e todos temos tendência a esperar demasiado; mas depois, se um esquema de felicidade falhar, a natureza humana volta-se para um outro; se o primeiro cálculo está errado, fazemos um segundo melhor; encontrmos sempre conforto em algum lado."
Jane Auste, Mansfield Park

Este é um Livro esplêndido!

(Bem haja Querida Fernanda por me teres dado a oportunidade de o ler!)

3 comentários:

Paula disse...

Tenho lido várias críticas deste livro, mas nenhuma tocou-me como a tua. Confesso que não estava a pensar em comprar.
Obrigado pela partilha! As tuas opiniões são cativantes e contagiantes ;)

cá-cá (Portugal) disse...

Também adorei este livro!! As personagens, como disseste, superam todas as expectativas. Boas Leituras!!

Anónimo disse...

O Compartilhando Leituras é um novo blog que está no ar. Faça uma visitinha quando puder e deixe seu comentário. Obrigada!!!

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