"A Varanda das Gardénias", Sandra Sabanero

"A história de um amor intemporal entre uma mexicana e um norte-americano… Um retrato cru e verdadeiro do México contemporâneo… Durante dezasseis anos, a vida da família Domínguez decorre feliz e sem sobressaltos. No entanto, esta tranquilidade quebra-se quando o pai, Juan, é injustamente acusado de um duplo crime e morre. A família dissolve-se: Ezequiel, o filho, vai-se embora de Mescala, a pequena vila onde vivem, perseguido por um perigo desconhecido. A filha Rebeca muda-se para Lugarana, onde fica a viver com uma tia. É aí que conhece Patrick Pettegrew. Para ambos é o primeiro e, simultaneamente, o grande amor das suas vidas. A veracidade dos seus sentimentos esbarra na rigidez dos preconceitos culturais e o casal acaba por separar-se devido a intrigas familiares. Quinze anos mais tarde, quando Rebeca, já convertida em advogada, está prestes a casar-se, Patrick regressa ao México após uma estadia no Vietname e três casamentos fracassados. Os dois voltam a encontra-se e o amor da juventude renasce com a mesma força do passado. Mas antes, Rebeca deve romper o seu compromisso sentimental e desmascarar os autores da tragédia da sua família. Em A Varanda das Gardénias, a autora utiliza o realismo mágico para contar uma sensual história de amor e, ao mesmo tempo, fazer uma crítica à sociedade mexicana, onde ainda subsistem vários preconceitos."

A Minha Opinião:
Esperava mais deste livro.
Uma bela história e amor com os habituais percalços: disputas familiares e diferenças sociais...
O discurso é por vezes confuso fazendo com com que perca a noção da altura dos acontecimentos que se sucedem de forma muitissimo "atabalhoada" (bela palavra!!!)
De resto, valeu a pena pelas Gardénias.

"Em Troca de um Coração", de Jodi Picoult

"Aceitava realizar o último desejo de um condenado para salvar a vida de um filho? Com uma sensibilidade literária invulgar, Jodi Picoult conduz uma vez mais o leitor a uma encruzilhada moral. Como é que uma mãe concilia a trágica perda de um filho com a oportunidade de salvar a alma de um homem que odeia?
Shay foi condenado à morte por matar a pequena Elizabeth Nealon e o padrasto. Onze anos mais tarde, a irmã de Elizabeth, Claire, precisa de um transplante de coração e Shay, que vai ser executado, oferece-se como dador. Este último desejo do condenado complica o plano de execução, pois uma injecção letal inutilizaria o órgão. Entretanto, a mãe da criança moribunda debate-se com a questão de pôr de parte o ódio para aceitar o coração do homem que matou a sua filha. Picoult hipnotiza o leitor com uma história de redenção, justiça, e amor."



A Minha Opinião:
Quando lemos a sinopse deste livro em particular vemos mais ou menos como será a história e qual o desfecho que terá, mas mais que isso começamos por tentar responder à pergunta:

"Realizava o desejo do seu inimigo para salvar a sua filha?"

Claro que qualquer mãe ou pai faria tudo para proteger e salvar a vida dos seus filhos, fosse de que maneira fosse, logo aqui colocam-se outras questões: teremos nós coragem para matar? A pena de morte é uma punição aceitável para um assassino?

Como acontece quando leio os livros desta autora, fiquei confusa e acho que só daqui a algum tempo conseguirei pensar com clareza em tudo o que li e nas emoções que o livro nos passa.
Desde a perda da familia, à religião e aos direitos humanos a autora transforma este livro numa verdadeira lição de vida e, no final, acabamos por questionar mais uma vez: Seremos nós capaz de "matar" para salvar um filho?
Mas voltando à sinopse, não deve ser lida muito a sério!
Tenho de realçar também que tive o prazer de reencontrar a algumas personagens de outro livro ;)
Para mim a parte crucial deste livro está numa simples linha:

(Pag. 420)
"- Eu perdoo-lhe - disse ele."

Mas até chegar lá, muitas coisas serão ditas, algumas bem verdadeiras.

(Pag. 100)
"Eis a minha opinião: não me parece que as religiões se baseiem em mentiras, mas também não me parece que se baseiem em verdades. Acho que surgem devido ao que as pessoas precisam na altura. Como o jogador do World Series que não descalça as suas meias da sorte, ou a mãe de uma criança doente que acha que que o filho só consegue dormir se ela estiver sentada junto ao berço - os crentes precisam, por definição, de algo em que acreditar."

(pag. 115)
"- Não faz mal não sabermos algo - disse Shay. - É isso que nos torna humanos.
Independentemente daquilo que o Sr. Filósosfo Ali ao Lado pensava, havia coisas das quais tinha certeza: que fui amado, outrora, e que amei também. Que uma pessoa podia encontrar a esperança na forma como crescia uma erva. Que a essência da vida de um homem não estava no sitio para onde ia mas nos pormenores que o tinham levado até lá.
Que cometemos erros.
(...)
E lembrei-me de outra coisa que nos torna humanos: a fé, a única arma no nosso arsenal para combater a duvida."

"Dia da Mãe", de Patricia MacDonald

"É na casa que se escondem os segredos. Dentro de portas, para lá da aparente calmaria dos dias. Karen e Greg sempre viveram na pacata Bayland, em Massachusetts. Ali se conheceram, ali casaram, ali adoptaram Jenny. Uma harmonia que cedo se quebrará. O reaparecimento da mãe biológica da adolescente obriga Karen a enfrentar a dura verdade. Nada era como ela pensava, todos escondem alguma coisa."

A Minha Opinião:
Uma história "carregada" de mistérios que se vão descobrindo aos poucos e quando pensamos que está tudo dito, eis que aparece a revelação fianal e derradeira.
A luta de uma mãe adoptiva para manter a sua filha, mesmo depois de descobrir em que situação se fez a sua adopção. A mãe biológica morta e a filha sem saber em quem confiar!
Resta a policia descobrir a solução de todos os crimes ;)
Uma autora que vou ter sempre debaixo de olho!
(Bem haja Ligia por mais esta preciosidade!!!)

"Rio das Flores" de Miguel Sousa Tavares

"Sevilha, 1915 - Vale do Paraíba, 1945: trinta anos da história do século XX correm ao longo das páginas deste romance, com cenário no Alentejo, Espanha e Brasil. Através da saga dos Ribera Flores, proprietários rurais alentejanos, somos transportados para os anos tumultuosos da primeira metade de um século marcado por ditaduras e confrontos sangrentos, onde o caminho que conduz à liberdade parece demasiado estreito e o preço a pagar demasiado alto. Entre o amor comum à terra que os viu nascer e o apelo pelo novo e desconhecido, entre os amores e desamores de uma vida e o confronto de ideias que os separam, dois irmãos seguem percursos diferentes, cada um deles buscando à sua maneira o lugar da coerência e da felicidade. Rio das Flores resulta de um minucioso e exaustivo trabalho de pesquisa histórica, que serve de pano de fundo a um enredo de amores, paixões, apego à terra e às suas tradições e, simultaneamente, à vontade de mudar a ordem estabelecida das coisas. Três gerações sucedem-se na mesma casa de família, tentando manter imutável o que a terra uniu, no meio da turbulência causada por décadas de paixões e ódios como o mundo nunca havia visto. No final sobrevivem os que não se desviaram do seu caminho. "

A Minha Opinião:
Comecei este livro com as expectatias bem lá no alto pois adorei o Equador! Pois bem, mesmo assim as expectativas foram superadas!
O autor descreve-nos, pelo enredo do romance, 30 anos da nossa História e não só!
Ele começa por mostrar o impacto da queda da Monarquia e ascenção da Républica no nosso país e alguns anos depois a chegada da ditadura com o inicio do Estado Novo e de Salazar, com todas a consequências que daí surgiram.
De uma forma brilhante leva os personagens pela Europa, relatando os acontecimentos em Espanha na mesma altura, em Guerra civil, com a subida de Franco ao Poder e também na Alemanha, com Hitler e a perseguição aos Judeus... Mas vai mais longe, no além mar, também a ditadura se havia instalado, com a Governação de Getulio Vargas no Brasil e a queda dos Barões do Café.
No meio de toda a politica o autor consegue ainda salientar a descoberta de uma Lavadeira que se viria a tornar uma Fadista mundialmente conhecida - Amália Rodrigues - e actrizes como Amélia Rey Colaço e Beatriz Costa, valorizando assim a cultura portuguesa numa altura em que quase nada se podia fazer neste nosso Portugal.
No meio de muitas confusões, muitas foram as escolhas que tiveram de fazer para conseguirem seguir com as suas vidas.

(Pag. 525)
"Há decisões que se tomam e que se lamentam a vida toda e há decisões que se amarga a vida toda não ter tomado. E há ainda ocasiões em que uma decisão menor , quase banal, acaba por se transformar , por força do destino, numa decisão imensa, que não se buscava mas que vem ter conosco, mudando para sempre os dias que se imaginava ter pela frente. Às vezes são até estes golpes do destino que se substituem à nossa vontade paralisada , forçando a ruptura que temíamos quebrando a segurança morta em que habitávamos e abrindo portas ao desconhecido de que fugíamos."

Sem duvida um livro sublime.
Quando termino um livro assim, pergunto-me quantos tesouros destes mais terei eu "esquecidos" na minha estante... andei um ano a passar por ele todos os dias e só agora lhe peguei!

A Ilha das Garças, de Sue Monk Kidd

"No interior de um mosteiro beneditino na ilha de Egret, ao largo da costa da Carolina do Sul, repousa um misterioso trono com sereias gravadas, dedicado a uma santa que, segundo a lenda, era sereia antes da sua conversão. Quando Jessie regressa à ilha por causa de um acto de violência aparentemente inexplicável da sua excêntrica mãe, a sua vida prima pela normalidade e o seu convencional casamento com Hugh é seguro e estável. Jessie ama Hugh mas, uma vez na ilha, a atracção que sente pelo irmão Thomas, um monge que está prestes a fazer os votos solenes, é irreprimível. Rodeada pela beleza exótica dos pântanos, deltas e garças majestosas, Jessie debate-se com a tensão do desejo, com a luta e a negação dos seus próprios sentimentos, com a liberdade a que acha que tem direito e com a força inexpugnável do lar e do casamento. Será que o poder do trono da sereia é apenas um mito? Ou será capaz de alterar o seu destino? O que está prestes a acontecer irá desvendar as raízes do passado atormentado da mãe, mas, acima de tudo, permitir que Jessie se reconcilie com a vida.
A Ilha das Garças é um romance vívido sobre sereias e santos, sobre as paixões do espírito e os êxtases do corpo, iluminando brilhantemente o despertar de uma mulher para o seu eu mais profundo."

A Minha Opinião:
À Semelhança do "A Vida Secreta das Abelhas" este é um livro com uma história estranha, mas que apesar disso acaba por nos arrebatar e prender até à ultima linha!
Gostei especialmente da redescoberta do Amor pela familia e a forma como os protagonistas desta história resolveram seguir com a sua vida.
Dispensava bem a parte dos desdos dentro do frigorifico ;) mas enfim, se não fosse por eles a história não faria tanto sentido!
(Bem haja minha Querida AMIGA Fern2005!)

Escândalos Privados, de Nora Roberts

"Desenrolando-se no glamoroso mundo da televisão, Escândalos Privados conta-nos a história de Deanna Reynolds, a apresentadora de um pequeno talk-show em ascensão. Bonita, sincera e muito profissional, Deanna decide então partir para Nova Iorque, determinada em tornar-se a melhor dentro do género. Mas isto fá-la atravessar-se no caminho da sua antiga mentora, Angela Perkins, a actual rainha da televisão e uma mulher perigosa de desafiar. Angela não hesita em roubar convidados, fazer chantagem e até atravessar os limites do bom jornalismo para combater a crescente popularidade de Deanna. E o romance desta com o famoso e encantador repórter Finn Riley, por quem Angela sempre teve uma paixão, só aumenta a tensão. Mas a prova de que as coisas podem sempre piorar é o aparecimento de um fã obcecado, que deseja Deanna só para si, e que começa a matar todos aqueles que se aproximam dela…"

A Minha Opinião:
Este é daqueles livros da Nora que se podem perfeitamente dispensar!
Começo a achar que apenas as triologias valem a pena, pois acabam por ser mais elaboradas e com mais pormenores! Estes ultimos livros tenho-os achado bastante vulgares e superficiais (com excepção do Maléfico).
Mas continuo a achar que se lêem bastante bem, sem exigirem demasiado de mim ;)

(Bem Haja D.)

Um Estranho nos meus Braços, de Lisa Kleypas

"Lady Hawksworth, o seu marido não está morto…» Lara não podia acreditar no que estava a ouvir. O seu marido, desaparecido há um ano num naufrágio, com quem tinha vivido um casamento infeliz e desprovido de amor estava vivo e iria voltar para casa. Como era possível? Lara não conseguiu controlar a emoção quando reencontrou Hunter. O homem frio e cruel que lhe atormentou a vida e só lhe deu dor, vergonha e humilhação no leito matrimonial. Agora estava ali. Mais magro, com a pele mais escura, mais velho… mas sem dúvida que era Hunter. Aquele homem conhecia segredos que só o marido podia saber, tinha a sua fotografia guardada numa peque na caixa , a mesma que ela lhe dera há três anos quando Hunter partira para a Índia . Mas, a o mesmo tempo, era um homem assustadoramente diferente. Mais meigo, atencioso aos seus caprichos, decidido a reconquistar o seu amor, a fazê-la sentir-se uma mulher desejada e a esquecer as memórias tristes do passado. Mas será aquele homem realmente o seu marido ou um impostor em cujos braços Lara se entrega em busca da felicidade?

A Minha Opinião:
Gostei!
É daqueles livros que me ajudam a descontrair dos romances históricos mais complexos. A história flui de maneira rápida, está muito bem estruturada e tudo se encaixa no final!
Confesso que em todo o livro nunca tive a certeza se realmente era um estranho ou o marido de Lara!
(Bem haja Fbeatriz!)

Comer, Orar, Amar de Elizabeth Gilbert

"As alegrias do divórcio Aos 34 anos, Elizabeth Gilbert, escritora premiada e destemida jornalista da GQ e da SPIN, descobre que afinal não quer ser mãe nem viver com o marido numa casa formidável nos subúrbios de Nova Iorque e parte sozinha numa viagem de 12 meses com três destinos marcados: o prazer na Itália, o rigor ascético na Índia, o verdadeiro amor na Indonésia. Irreverente, espirituosa, senhora de um coloquialismo exuberante, Elizabeth não abandona um minuto a sua auto-ironia e conta-nos tudo acerca desta fuga desesperada ao sonho americano que começou no momento em que encontrou Deus.Quando fez 30 anos, Elizabeth Gilbert tinha tudo o que uma mulher americana formada e ambiciosa podia querer: um marido, uma casa, uma carreira de sucesso. Mas em vez de estar feliz e preenchida, sentia-se confusa e assustada. Depois de um divórcio infernal e de uma história de amor fulminante acabada em desgraça, Gilbert tomou uma decisão determinante: abdicar de tudo, despedir-se do emprego e passar um ano a viajar sozinha. "Comer na Itália, Orar na Índia e Amar na Indonésia" é uma micro-autobiografia desse ano. O projecto de Elizabeth Gilbert era visitar três lugares onde pudesse desenvolver um aspecto particular da sua natureza no contexto de uma cultura que tradicionalmente se destacasse por fazê-lo bem. Em Roma, estudou a arte do prazer, aprendeu a falar Italiano e engordou os 23 kilos mais felizes da sua existência. Reservou a Índia para praticar a arte da devoção. Com a ajuda de um guru nativo e de um cowboy do Texas surpreendentemente sábio, Elizabeth empenhou-se em quatro meses de exploração espiritual ininterrupta. Em Bali, aprendeu a equilibrar o prazer sensual e a transcendência divina. Tornou-se aluna de um feiticeiro nonagenário e apaixonou-se da melhor maneira possível - inesperadamente."

A Minha Opinião:
A autora dividiu a sua obra em 3 "livros" diferentes!
O 1º "Comer", 2º "Orar" e o 3º "Amar", confesso que não consegui passar do primeiro.
Gostei bastante do que li, mas sinceramente achei que não era o mometo indicado para continuar a leitura... quem sabe daqui a uns tempos ;)

Deixo as 2 passagens que mais... não sei se "gostei" será a palavra correcta, mas bom, elas aqui ficam!

(pags. 60/61)
"Caem sobre mim silenciosas e ameaçadoras como detectives Pinkerton e cercam-me - a depressão pela esquera e a solidão pela direita. Não precisam de me mostrar os destintivos, conheço-as muito bem. Há anos que brincamos o jogo do gato e do rato.
(...)
Digo-lhes:
- Como me encontraram aqui? Quem lhes disse que eu tinha vindo para Roma?
A depressão sempre mais cínica, responde:
- O quê? Não está contente por nos ver?
- Vão-se embora - digo-lhes.
A solidão, a mulher polícia mais sensível, diz:
- Desculpe, minha senhora, mas posso ter de a seguir enquanto está a viajar. É essa a minha tarefa..
- Preferia mesmo que não o fizesse - digo-lhe eu e ela encolhe os ombros como se pedisse desculpa, mas limita-se a aproximar-se ainda mais.

A seguir, esvaziam-me os bolsos de qualquer algria que lá tivesse. A depressão chega mesmo ao ponto de confiscar a minha identidade; mas ela faz sempre isso. Depois a solidão começa a interrogar-me, o que me apavoraporque se prolonga horas a fio. É educada mas inflexível e acaba por me apanhar em falso. Pergunta-me se tenho conhecimento de alguma razão para estar feliz. Pergunta porque estou sozinha esta noite."

(pag.87)
"Mas expliquei-lhe que a dor profunda é por vezes um local específico, uma coordenada num mapa do tempo. Quando nos encontramos naquela floresta de dor, não imaginamos que seja possível encontrar uma dia o caminho para um lugar melhor. Mas se alguém no disser que já ali esteve, naquele mesmo lugar, e que conseguiu de lá sair, isso por vezes dá alguma esperança.
- Então a tristeza é um lugar? - perguntou Giovanni.
- Às vezes, as pessoas vivel lá durante anos - disse eu."
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