"No Seu Mundo" de Jodi Picoult

Sinopse: "Jacob Hunter é um adolescente: brilhante a Matemática, sentido de humor aguçado, extraordinariamente bem organizado, incapaz de seguir as regras sociais. Jacob tem síndrome de Asperger. Está preso no seu próprio mundo - consciente do mundo exterior e querendo relacionar-se com ele. Jacob tenta ser um rapaz como os outros mas não sabe como o conseguir.
Quando o seu tutor é encontrado morto, todos os sinais típicos da síndrome de Asperger - não olhar as pessoas nos olhos, movimentos descontrolados, acções inapropriadas - são identificados pela Polícia como sinais de culpa. E a mãe de Jacob tem de fazer a si própria a pergunta mais difícil do mundo: será o seu filho capaz de matar?"

A Minha Opinião:
Tenho de confessar que os dois livros que antecederam este não "me encheram as medidas" por isso estava um pouco receosa em iniciar a leitura...
"No seu Mundo" apresenta-nos Jacob, um rapaz de 18 anos que tem Sindrome de Asperger, a sua familia e todos os trejeitos do seu dia a dia confrontados pelo facto de teremm de lidar com esta forma de Autismo.
Jodi Picoult mostra-nos o mundo e as situações aos olhos de cada personagem, uma forma de escrita à qual ela já nos habituou, e realça de forma estrondosa os sentimentos de cada personagem sempre inserindo cada um "No Seu Mundo": um adolescente que se sente abandonado em detrimento do irmão mais velho, uma Mãe que só quer proteger o filho e um jovem de 18 anos que apenas se limita a seguir as normas que lhe foram impostas...
Apesar de eu ter "deslindado" logo de inicio o desfecho desta história, não foi por isso que a leitura se tornou menos compulsiva pois a autora cativa-nos com a forma estonteante com que consegue expor os sentimentos de todos e mostrar que com mais ou menos problemas cada um vive "No seu Mundo".
Uma das passagens que mais me marcou, talvez por eu ser mão foi:

"... As Mães verdadeiras interrogam-se porque razão os especialistas que escrevem para as revistas Parents e Goodhousekeeping (...) parecem ter sempre tudo sob controlo, quando elas próprias mas conseguem manter a cabeça à tona nos mares encapelados da maternidade.
As mães verdadeiras não se limitam a ouvir, humildemente envergonhadas, a senhora idosa a dar conselhos não solicitados na fila da caixa quando uma criança está a fazer uma birra (...).
As mães verdadeiras sabem que não faz mal comer pizza fria ao pequeno almoço.
As mães verdadeiras admitem que é mais facil falhar do que ser bem sucedidas nesta missão.
(...)
Fiquem tranquilas, mães verdadeiras. O simples facto de se preocuparem por serem ou não boas mães... significa que já o são..." (pag. 189) 
Uma leitura que recomendo. 

1 comentário:

cá-cá (Portugal) disse...

Assim como tu não estava muito entusiasmada com este livro... Apesar de ser uma das minhas autoras preferidas os últimos livros que li foram... Menos bons!! Mas ao ler a tua opinião volto a entusiasmar-me!! Mais um parabacrescentar à lista dos livros a ler em 2011!!

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