
"A Varanda das Gardénias", Sandra Sabanero

"Em Troca de um Coração", de Jodi Picoult

Shay foi condenado à morte por matar a pequena Elizabeth Nealon e o padrasto. Onze anos mais tarde, a irmã de Elizabeth, Claire, precisa de um transplante de coração e Shay, que vai ser executado, oferece-se como dador. Este último desejo do condenado complica o plano de execução, pois uma injecção letal inutilizaria o órgão. Entretanto, a mãe da criança moribunda debate-se com a questão de pôr de parte o ódio para aceitar o coração do homem que matou a sua filha. Picoult hipnotiza o leitor com uma história de redenção, justiça, e amor."
A Minha Opinião:
Quando lemos a sinopse deste livro em particular vemos mais ou menos como será a história e qual o desfecho que terá, mas mais que isso começamos por tentar responder à pergunta:
"Realizava o desejo do seu inimigo para salvar a sua filha?"
Claro que qualquer mãe ou pai faria tudo para proteger e salvar a vida dos seus filhos, fosse de que maneira fosse, logo aqui colocam-se outras questões: teremos nós coragem para matar? A pena de morte é uma punição aceitável para um assassino?
Como acontece quando leio os livros desta autora, fiquei confusa e acho que só daqui a algum tempo conseguirei pensar com clareza em tudo o que li e nas emoções que o livro nos passa.
Desde a perda da familia, à religião e aos direitos humanos a autora transforma este livro numa verdadeira lição de vida e, no final, acabamos por questionar mais uma vez: Seremos nós capaz de "matar" para salvar um filho?
Mas voltando à sinopse, não deve ser lida muito a sério!
Tenho de realçar também que tive o prazer de reencontrar a algumas personagens de outro livro ;)
Para mim a parte crucial deste livro está numa simples linha:
(Pag. 420)
"- Eu perdoo-lhe - disse ele."
Mas até chegar lá, muitas coisas serão ditas, algumas bem verdadeiras.
(Pag. 100)
"Eis a minha opinião: não me parece que as religiões se baseiem em mentiras, mas também não me parece que se baseiem em verdades. Acho que surgem devido ao que as pessoas precisam na altura. Como o jogador do World Series que não descalça as suas meias da sorte, ou a mãe de uma criança doente que acha que que o filho só consegue dormir se ela estiver sentada junto ao berço - os crentes precisam, por definição, de algo em que acreditar."
(pag. 115)
"- Não faz mal não sabermos algo - disse Shay. - É isso que nos torna humanos.
Independentemente daquilo que o Sr. Filósosfo Ali ao Lado pensava, havia coisas das quais tinha certeza: que fui amado, outrora, e que amei também. Que uma pessoa podia encontrar a esperança na forma como crescia uma erva. Que a essência da vida de um homem não estava no sitio para onde ia mas nos pormenores que o tinham levado até lá.
Que cometemos erros.
(...)
E lembrei-me de outra coisa que nos torna humanos: a fé, a única arma no nosso arsenal para combater a duvida."
"Dia da Mãe", de Patricia MacDonald

"Rio das Flores" de Miguel Sousa Tavares

O autor descreve-nos, pelo enredo do romance, 30 anos da nossa História e não só!
Ele começa por mostrar o impacto da queda da Monarquia e ascenção da Républica no nosso país e alguns anos depois a chegada da ditadura com o inicio do Estado Novo e de Salazar, com todas a consequências que daí surgiram.
De uma forma brilhante leva os personagens pela Europa, relatando os acontecimentos em Espanha na mesma altura, em Guerra civil, com a subida de Franco ao Poder e também na Alemanha, com Hitler e a perseguição aos Judeus... Mas vai mais longe, no além mar, também a ditadura se havia instalado, com a Governação de Getulio Vargas no Brasil e a queda dos Barões do Café.
No meio de toda a politica o autor consegue ainda salientar a descoberta de uma Lavadeira que se viria a tornar uma Fadista mundialmente conhecida - Amália Rodrigues - e actrizes como Amélia Rey Colaço e Beatriz Costa, valorizando assim a cultura portuguesa numa altura em que quase nada se podia fazer neste nosso Portugal.
No meio de muitas confusões, muitas foram as escolhas que tiveram de fazer para conseguirem seguir com as suas vidas.
(Pag. 525)
"Há decisões que se tomam e que se lamentam a vida toda e há decisões que se amarga a vida toda não ter tomado. E há ainda ocasiões em que uma decisão menor , quase banal, acaba por se transformar , por força do destino, numa decisão imensa, que não se buscava mas que vem ter conosco, mudando para sempre os dias que se imaginava ter pela frente. Às vezes são até estes golpes do destino que se substituem à nossa vontade paralisada , forçando a ruptura que temíamos quebrando a segurança morta em que habitávamos e abrindo portas ao desconhecido de que fugíamos."
Sem duvida um livro sublime.
Quando termino um livro assim, pergunto-me quantos tesouros destes mais terei eu "esquecidos" na minha estante... andei um ano a passar por ele todos os dias e só agora lhe peguei!
A Ilha das Garças, de Sue Monk Kidd

A Ilha das Garças é um romance vívido sobre sereias e santos, sobre as paixões do espírito e os êxtases do corpo, iluminando brilhantemente o despertar de uma mulher para o seu eu mais profundo."
Gostei especialmente da redescoberta do Amor pela familia e a forma como os protagonistas desta história resolveram seguir com a sua vida.
Escândalos Privados, de Nora Roberts

A Minha Opinião:
Este é daqueles livros da Nora que se podem perfeitamente dispensar!
Começo a achar que apenas as triologias valem a pena, pois acabam por ser mais elaboradas e com mais pormenores! Estes ultimos livros tenho-os achado bastante vulgares e superficiais (com excepção do Maléfico).
Mas continuo a achar que se lêem bastante bem, sem exigirem demasiado de mim ;)
(Bem Haja D.)
Um Estranho nos meus Braços, de Lisa Kleypas

A Minha Opinião:
Comer, Orar, Amar de Elizabeth Gilbert

A Minha Opinião:
A autora dividiu a sua obra em 3 "livros" diferentes!
O 1º "Comer", 2º "Orar" e o 3º "Amar", confesso que não consegui passar do primeiro.
Gostei bastante do que li, mas sinceramente achei que não era o mometo indicado para continuar a leitura... quem sabe daqui a uns tempos ;)
Deixo as 2 passagens que mais... não sei se "gostei" será a palavra correcta, mas bom, elas aqui ficam!
(pags. 60/61)
"Caem sobre mim silenciosas e ameaçadoras como detectives Pinkerton e cercam-me - a depressão pela esquera e a solidão pela direita. Não precisam de me mostrar os destintivos, conheço-as muito bem. Há anos que brincamos o jogo do gato e do rato.
(...)
Digo-lhes:
- Como me encontraram aqui? Quem lhes disse que eu tinha vindo para Roma?
A depressão sempre mais cínica, responde:
- O quê? Não está contente por nos ver?
- Vão-se embora - digo-lhes.
A solidão, a mulher polícia mais sensível, diz:
- Desculpe, minha senhora, mas posso ter de a seguir enquanto está a viajar. É essa a minha tarefa..
- Preferia mesmo que não o fizesse - digo-lhe eu e ela encolhe os ombros como se pedisse desculpa, mas limita-se a aproximar-se ainda mais.
A seguir, esvaziam-me os bolsos de qualquer algria que lá tivesse. A depressão chega mesmo ao ponto de confiscar a minha identidade; mas ela faz sempre isso. Depois a solidão começa a interrogar-me, o que me apavoraporque se prolonga horas a fio. É educada mas inflexível e acaba por me apanhar em falso. Pergunta-me se tenho conhecimento de alguma razão para estar feliz. Pergunta porque estou sozinha esta noite."
(pag.87)
"Mas expliquei-lhe que a dor profunda é por vezes um local específico, uma coordenada num mapa do tempo. Quando nos encontramos naquela floresta de dor, não imaginamos que seja possível encontrar uma dia o caminho para um lugar melhor. Mas se alguém no disser que já ali esteve, naquele mesmo lugar, e que conseguiu de lá sair, isso por vezes dá alguma esperança.
- Então a tristeza é um lugar? - perguntou Giovanni.
- Às vezes, as pessoas vivel lá durante anos - disse eu."